“Alvejar missões diplomáticas é injustificável e inaceitável”, disse Mohammed Shia al-Sudani, de acordo com um comunicado do seu gabinete.
“As nossas forças de segurança e agências governamentais (…) continuarão a proteger as missões diplomáticas”, prometeu o chefe de governo iraquiano.
“O Governo iraquiano está determinado a preservar a estabilidade e a segurança do Estado. Nenhuma tentativa de desestabilizar o país será tolerada”, disse Farhad Alaaldin, conselheiro para os Negócios Estrangeiros do primeiro-ministro iraquiano, à agência de notícias AFP.
Na sexta-feira, um oficial militar norte-americano confirmou o disparo de “vários foguetes” contra as forças norte-americanas e da coligação internacional perto da embaixada dos Estados Unidos e da base Union III, localizada na Zona Verde.
“Nenhuma vítima ou dano à infraestrutura foi relatado”, disse o oficial norte-americano, sob condição de anonimato.
No total, Washington registou pelo menos 78 ataques realizados desde 17 de outubro contra as suas tropas no Iraque e na Síria, dez dias após o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
Os ataques realizados ao longo de várias semanas por grupos armados pró-Irão ilustram as repercussões regionais da guerra que opõe Israel e o Hamas na Faixa de Gaza há dois meses.
Conduzido ao poder por uma maioria parlamentar pró-Irão, o Governo de Sudani tem sido confrontado desde o início dos ataques com um delicado equilíbrio para preservar os laços estratégicos que unem o seu país a Washington.
A maior parte dos ataques foi reivindicada pela “Resistência Islâmica no Iraque”, um conjunto formado por grupos afiliados ao Hachd al-Chaabi, uma coligação de antigos paramilitares integrados nas forças regulares.
Em retaliação, Washington bombardeou três vezes combatentes integrados nestes grupos no Iraque, nomeadamente em 3 de Dezembro na província de Kirkuk (norte).
A missão da ONU no Iraque condenou o ataque à representação norte-americana.
“O Iraque não pode permitir-se ser arrastado para um conflito mais amplo, o que ameaçaria a estabilidade duramente conquistada”, de acordo com uma declaração da missão da ONU publicada na rede social X (antigo Twitter).
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