“A Petrobras não forneceu combustível à empresa exportadora, pois os navios iranianos por ela contratados e a empresa iraniana proprietária dessas embarcações encontram-se sancionados pelos Estados Unidos”, lê-se num comunicado da petrolífera estatal dirigido ao mercado.
“Caso a Petrobras venha a abastecer esses navios, ficará sujeita ao risco de ser incluída na mesma lista, o que poderia ocasionar graves prejuízos à companhia”, acrescentou.
A Petrobras ressaltou, ainda, que “existem outras fornecedoras de combustível no país” e que “mantém seu compromisso em atender a demanda de seus clientes, desde que observadas as normas aplicáveis e suas políticas de conformidade”.
O governo norte-americano adotou uma política de sanções contra o Irão, alegando que o país asiático violou o acordo internacional firmado em julho de 2015, em Viena, com os Estados Unidos, Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia.
A República Islâmica tinha anunciado, no início de maio último, que iria começar gradualmente a quebrar os compromissos assumidos no acordo caso os outros signatários internacionais não alcançassem uma solução que permitisse contornar as sanções norte-americanas e as respetivas implicações na economia iraniana.
As autoridades de Teerão passaram das palavras aos atos e anunciaram, na semana passada, que estavam a produzir urânio enriquecido em pelo menos 4,5%, em resposta ao restabelecimento das sanções por parte de Washington.
O grau máximo de enriquecimento de urânio permitido pelo acordo é de 3,67%.
Teerão sempre insistiu que o seu programa nuclear tem fins pacíficos, negando qualquer tentativa de desenvolver armas nucleares.
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