O anterior balanço oficial dava conta de seis vítimas mortais.
Entretanto, as equipas de busca e salvamento em helicópteros e barcos continuaram a resgatar centenas de pessoas de aldeias inundadas.
As inundações causadas por chuvas torrenciais também atingiram as vizinhas Bulgária e Turquia, fazendo um total de 22 mortos nos três países desde o início da forte precipitação, na terça-feira.
Na Grécia, as chuvas transformaram os cursos de água em violentas torrentes que rebentaram barragens, arrasaram estradas e pontes e lançaram viaturas para o mar. As autoridades indicaram que em algumas zonas caiu o dobro da precipitação média anual para Atenas num lapso de apenas 12 horas.
Apesar de as chuvas terem abrandado hoje, as águas continuaram a subir depois de o rio Pineios ter transbordado perto de Larissa, uma das maiores cidades da Grécia, com uma população de cerca de 150.000 habitantes, desencadeando ordens de evacuação de várias zonas.
O Ministro da Crise Climática e da Proteção Civil grego, Vassilis Kikilias, afirmou que 1.800 pessoas tinham sido resgatadas por barco e helicóptero de aldeias inundadas, entre as quais 150 necessitando de cuidados médicos imediatos.
Vinte helicópteros e mil socorristas estiveram envolvidos na operação de salvamento, disse o ministro.
O primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, que cancelou o seu discurso anual sobre o estado da economia agendado para este fim de semana e visitou hoje as zonas inundadas, declarou ter contactado a União Europeia (UE) para pedir ajuda financeira para a reconstrução.
“A nossa maior prioridade nos próximos dias é assegurar a retirada dos nossos concidadãos das zonas onde possam estar em perigo”, disse Mitsotakis.
Centenas de pessoas ficaram encurraladas em aldeias inacessíveis a veículos, uma vez que as estradas foram destruídas pelas águas ou cortadas por quedas de pedras.
As equipas de salvamento ajudaram crianças pequenas, idosos e pessoas em macas a sair de helicópteros que iam aterrando numa área preparada para o efeito na cidade de Karditsa.
Os meios de comunicação social locais mostraram imagens de devastação. Os socorristas, mergulhados na água até ao peito, transportaram um idoso numa maca em ombros, enquanto os residentes das aldeias que ficaram sem eletricidade ou água potável ligavam para as estações de rádio e televisão gregas, pedindo ajuda e dizendo que as pessoas continuavam retidas sem comida e água.
Entre terça-feira e o início do dia de hoje, os bombeiros indicaram que mais de 1.800 pessoas foram resgatadas e que o seu departamento tinha recebido mais de 6.000 pedidos de ajuda para bombear água de habitações inundadas e remover árvores derrubadas.
Na zona do monte Pelion, na quinta-feira à noite, residentes e turistas foram transportados para um local seguro por mar, porque todas as estradas de acesso a algumas aldeias estavam intransitáveis.
As autoridades destacaram especialistas em salvamento em águas rápidas e mergulhadores, uma vez que as águas das cheias subiram mais de dois metros em algumas zonas, deixando muitas casas submersas até ao telhado. Os residentes de algumas aldeias relataram o desmoronamento total de edifícios.
As cheias seguiram-se a incêndios devastadores na Grécia, que destruíram vastas extensões de floresta e terras agrícolas, queimaram casas e fizeram mais de 20 mortos.
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