A notícia cita o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma organização não-governamental (ONG) sediada no Reino Unido, mas com uma vasta rede de colaboradores no terreno, que informou tratar-se de um ataque na zona de Duizen, a leste de Hama, sem adiantar mais detalhes sobre o sucedido.
Este tipo de incidentes é comum durante a época da apanha das trufas, uma vez que, para obter estes cogumelos silvestres com elevado valor económico, muitos cidadãos entram em áreas onde atuam células do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e noutros locais onde existem minas colocadas nas estradas.
De acordo com a EFE, em meados de março, combatentes do EI esfaquearam mortalmente 15 coletores de trufas em Hama, mas o evento mais mortífero da temporada ocorreu em meados de fevereiro em Homs, no centro da Síria, onde 68 pessoas foram mortas a tiros enquanto procuravam trufas.
Ainda durante o mês de março, há relatos de que 15 pessoas foram esfaqueadas até à morte numa área deserta da cidade de Salamiya.
O quilo de trufas é vendido na Síria pelo equivalente a cerca de 10 dólares e o preço pode ultrapassar os 24 dólares na capital, segundo dados do Observatório.
A Síria está mergulhada numa grave crise económica e cerca de 90% da população vive abaixo da linha da pobreza, num momento em que o país também vive a pior crise humanitária desde o início do conflito armado, há quase 12 anos.
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