“Em relação a essa questão tão sensível, foi um debate que ainda agora começou e deve continuar, envolvendo a sociedade portuguesa. O pior que poderia acontecer seria cristalizar posições. Não pode ser um confronto entre ateus e religiosos, médicos e juristas, diria até entre esquerda e direita”, disse, em conferência de imprensa na sede do PCP, em Lisboa.
Segundo o secretário-geral comunista, “o PCP considera a necessidade de apuramento e aprofundamento sem radicalismos” e que “é prematuro avançar já com posições que não resultam da verificação dessa convergência ampla que é necessário criar para enfrentar este problema”.
“É sempre uma posição desresponsabilizante dos partidos e grupos parlamentares”, declarou ainda, questionado sobre a liberdade de voto praticada por alguns partidos e a possibilidade de o PCP a adotar neste assunto.
Hoje mesmo, o BE anunciou a entrega na próxima semana de um anteprojeto de lei sobre a morte assistida, através do ex-deputado e antigo dirigente bloquista João Semedo. O anúncio foi feito pelo médico, um dos convidados para o debate, no parlamento, organizado pelo PSD: “Eutanásia/Suicídio Assistido: Dúvidas éticas, médicas e jurídicas”.
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