Os turistas portugueses na Jordânia estão sinalizados e em contacto com o Estado. Paulo Rangel considera que esta é uma situação de urgência, "com contornos difíceis de gerir", por ser um território em conflito.

No entanto, garante que "as operações estão a decorrer verdadeiramente bem". E acrescenta: "estas operações foram desenvolvidas exclusivamente por nós, com abertura para cidadãos da União Europeia que por razões muito ponderosas tinham de sair urgentemente".

A situação dos 37 portugueses está a ser acompanhada por uma agência de viagens. No Irão, o caso é mais "urgente" e "complexo", mas, segundo o ministro, está a ser resolvido. Já saíram quatro portugueses do país por terra.

As pessoas na Jordânia estão "tranquilas e com um plano para sair". "Está em curso uma operação para os trazer para Portugal", garante, "estamos a tratar da situação". Compreende a preocupação, mas não acredita que seja uma situação urgente, nomeadamente em comparação com o contexto no Irão.

Explica ainda que não pode adiantar detalhes, nem dizer quanto tempo demorará, "sob risco de prejudicar a operação".

"Tivemos 130 pedidos de repatriamento, uma parte muito importante de cidadãos que estavam em trânsito ou que estão a fazer turismo, ou que estavam em trabalho e que obviamente ficaram sem aviões”, adiantou o ministro.

Paulo Rangel alerta para a "dimensão de segurança" no planeamento das viagens e para a complexidade da situação no Irão. "Há sempre avisos para que as pessoas não viagem para estas zonas", diz. Se o fizerem, "pedimos que se registem nos consulados e tenham os números da rede de emergência consular".

Um grupo de 33 portugueses ainda está retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo após o início do conflito armado entre Israel e o Irão, na sexta-feira passada.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis contra Israel.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.