Os resultados da operação, com o nome de código “Thunderbird”, levada a cabo por polícias e alfândegas com a participação de agências de proteção do ambiente, das florestas e dos animais selvagens, foram apresentados na sexta-feira, 3 e março, Dia Internacional da Vida Selvagem.
Realizada entre 30 de janeiro e 19 de fevereiro, a operação de grande escala resultou, até ao momento, na abertura de 370 investigações, as quais levaram à prisão de 89 pessoas.
Em comunicado, o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, destacou que o sucesso da operação demonstra o que pode ser alcançado pela cooperação internacional.
Segundo a Interpol, a apreensão incluiu 60 toneladas de madeira, 4.770 pássaros, 1.240 répteis, 100 gatos selvagens, 2,75 toneladas de escamas de pangolim, 2,5 toneladas de marfim (bruto e processado), 25 toneladas de partes de diferentes animais e 37.130 de outros produtos, incluindo medicamentos e esculturas.
Cavalos-marinhos mortos em caixas de ‘snacks’
As autoridades dos Estados Unidos apreenderam 180 cavalos-marinhos mortos em caixas de ‘snacks’, enquanto em Hong Kong foram apreendidas 1,3 toneladas de madeira de sândalo escondidas num contentor procedente da Malásia.
O Dia Internacional da Vida Selvagem, que foi estabelecido pela ONU em 2013, celebra a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, conhecida como CITES, adotada a 03 de março de 1973.
“Dada a atual taxa de caça e contrabando, será que as futuras gerações vão um dia falar dos elefantes, rinocerontes e de muitas outras espécies em perigo [de extinção] como nós falamos dos mamutes?”, questionou o secretário-geral da CITES, John Scanlon, num evento nas Nações Unidas para assinalar o dia.
“Não podemos — e não devemos — permitir que isto aconteça”, afirmou.
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