A Turquia é o último membro da Aliança Atlântica, juntamente com a Hungria, a bloquear a adesão da Suécia à NATO, através de sucessivas exigências, mas hoje a comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional turca voltou a analisar o tema, que será submetido posteriormente a votação.
A Suécia apresentou o seu pedido de adesão ao mesmo tempo que a Finlândia — que foi admitida em abril — após o início da guerra russa na Ucrânia.
“Estamos a assistir a uma mudança nas políticas da Suécia, depois de algumas decisões adotadas pelos tribunais”, admitiu Fuat Oktay, deputado do AKP (partido no poder) e presidente da comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento turco.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, opôs-se à adesão sueca, desde o início do processo, alegando a conivência de Estocolmo com alguns movimentos curdos que considera terroristas.
A resistência de Erdogan terá sido superada após uma conversa telefónica com o Presidente norte-americano, Joe Biden, este mês, após o qual o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, começou a admitir uma aceleração do processo de ratificação da adesão sueca.
Ainda assim, Erdogan acrescentou como condição para a luz verde de Ancara a ratificação simultânea pelo Congresso dos EUA da venda de aviões de combate F-16 à Turquia.
Já antes, a Turquia já tinha jogado esta ‘carta’ para tentar obter autorização de aquisição de F-16, de que necessita para modernizar a sua Força Aérea.
O governo norte-americano de Biden não se opõe a esta venda, mas o Congresso bloqueou-a até agora por razões políticas, alegando as tensões com a Grécia, país também membro da NATO de que Ancara se tornou recentemente mais próxima.
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