“É necessário apoiar a Ucrânia no seu acesso à NATO, como vimos em [cimeira aliada de] Bucareste em 2008”, disse na capital eslovaca o Presidente da Roménia, Klaus Iohannis.
No decurso desse encontro, os aliados acolheram as aspirações de integração da Ucrânia e da Geórgia e concordaram numa futura adesão dos dois Estados, uma posição considerada inaceitável por Moscovo que considerou na ocasião ter sido ultrapassada uma “linha vermelha”.
O conflito na Ucrânia, na sequência da invasão russa de fevereiro de 2022, terá contribuído para reafirmar esta posição, que continua a suscitar divergências entre os aliados da NATO.
“Continuaremos a apoiar a Ucrânia o tempo que seja necessário”, acrescentou o chefe de Estado romeno, proveniente da minoria alemã da Roménia e numa referência ao apoio militar, político, económico e humanitário a Kiev.
“A nossa visão comum é essencial para a atitude de dissuasão e defesa do flanco oriental da NATO, desde o mar Negro ao mar Báltico”, acrescentou Iohannis, ao sublinhar que o principal objetivo consiste “na vitória da Ucrânia” na guerra em curso.
Por sua vez, o seu homólogo polaco, Andrzej Duda, frisou a necessidade de “oferecer uma clara perspetiva para que a Ucrânia entre na Aliança”, e pediu aos homólogos europeus “consistência” no apoio a Kiev.
A anfitriã da reunião, a Presidente eslovaca, Zuzana Caputova, declarou que “a melhor forma de restaurar a paz na Europa é o apoio intenso à Ucrânia”.
A líder eslovaca congratulou-se pelo facto de “a Rússia controlar menos território face há um ano”, e que o apoio conjunto ao país invadido “está a conduzir a este objetivo de paz”.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, assegurou que a organização aprovará na sua cimeira de Vilnius, em 11 e 12 de julho, um “pacote plurianual” de medidas para aproximar a Ucrânia da Aliança Atlântica.
“Vamos fortalecer o nosso apoio à Ucrânia com um pacote plurianual de assistência para ajudá-los na transição da era soviética para os estandartes da NATO”, afirmou Stoltenberg no encontro.
O Fórum B9 em Bratislava reuniu os chefes de Estado da Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Polónia, Eslováquia, República Checa e Roménia, e destinou-se a acertar posições antes da cimeira da NATO de julho próximo na capital lituana.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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