“Em termos de eleições presidenciais vamos ter uma situação complexa porque se cada candidato a presidente tiver o seu representante, e tem direito a isso, no dia de eleições quer dizer que vamos ter quase 140 mil cidadãos nas mesas, para além das pessoas que vão votar um milhão, dois milhões”, disse Miguel Guimarães no parlamento.
Por outro lado, adiantou, existe o problema de “grandes aglomerados de pessoas” que neste momento constituem de facto um foco de preocupação, disse o bastonário dos médicos na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia onde está a ser ouvido juntamente com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco por videoconferência.
“Mesmo que as pessoas estejam protegidas, ou aparentemente protegidas, porque infelizmente muita gente continua a não usar a máscara de forma adequada e isso é de facto um problema, portanto nós achamos, que seria interessante fazer testes rápidos aos 140 mil cidadãos que vão estar nas mesas para de alguma forma garantir que as pessoas não estejam infetadas e possa haver uma proteção adicional para quem vai trabalhar o dia inteiro”, defendeu.
Miguel Guimarães defendeu ainda ser fundamental aumentar a capacidade de testagem: “neste momento (…) temos uma positividade nos testes de 17,7%, ou seja, somos um país a nível mundial com mais positividade nos testes”.
Esta situação significa que é preciso “testar mais para identificar mais rapidamente as pessoas infetadas, isolá-las” para quebrar as cadeias de transmissão.
Nesse sentido, reiterou, “é fundamental” utilizar em massa os testes rápidos e que podem ser usados também em situações específicas de risco como é o caso das escolas, dos lares e em muitas outras situações.
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