Joaquim Paulo da Conceição, que chegou a ser arguido da Operação Marquês, foi chamado a depor na fase de instrução pelo advogado do ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca e das empresas do grupo arguidas neste processo, que considerou essencial o seu depoimento após o antigo primeiro-ministro ter sido interrogado nessa fase.
Para o advogado Castanheira Neves, o depoimento de Joaquim Paulo era importante “para esclarecer toda a factualidade inerente às sociedades [do grupo Lena]”.
O advogado disse que chamou Joaquim Paulo a depor depois de terem sido “projetados para o processo todos os factos que estavam por esclarecer”.
Joaquim Paulo da Conceição era o representante legal do grupo leiriense, mas acabou por não ser visado no processo.
Já a empresa que liderava e outras subsidiárias (Lena SGPS, Lena Engenharia e Construções SA e Lena Engenharia e Construção SGPS) são acusadas de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
Entendeu o Ministério Público que "nunca se percebeu, a não ser para melhor assegurar a sua defesa enquanto cidadão e profissional, a razão da constituição como arguido de Joaquim Paulo da Conceição, que na altura dos pretensos factos nem sequer exercia funções na ‘holding’ do Grupo Lena".
O ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, será o último arguido do processo a ser interrogado, a seu pedido, nesta fase, a 18 de fevereiro.
Joaquim Barroca está acusado de corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada consta de um despacho do juiz de instrução Ivo Rosa, que reservou também o dia seguinte, caso a diligência se prolongue.
O debate instrutório está marcado para os dias 4, 5, 6 e 9 de março, podendo prolongar-se para 11, 12 e 13 do mesmo mês.
O processo Operação Marquês tem 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas - pela prática de 188 de crimes económico-financeiros.
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