O exército israelita lançou de madrugada uma operação em Jenin e Tulkarem.

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana já tinha mencionado que dois homens de 25 e 39 anos foram mortos pelas “forças de ocupação” em Jenin.

Além disso, o Crescente Vermelho Palestiniano recuperou os corpos de três pessoas que estavam num veículo que foi bombardeado por um drone na cidade de Sir, localizada entre Jenin e Tubas.

Outros quatro homens morreram quando foram bombardeados por um drone israelita no campo de refugiados de Al Fara, a sul de Tubas, avançou a agência de notícias palestiniana WAFA.

Fontes indicaram à WAFA que os serviços de emergência estão a ter dificuldades em chegar às vítimas, porque o campo de refugiados foi cercado pelas IDF.

Tanques israelitas cercaram também os hospitais Al Isra e Thabet, em Tulkarem, tendo mesmo revistado um veículo médico.

O movimento Jihad Islâmica acusou Israel de “lançar uma agressão total contra o norte da Cisjordânia ocupada, numa guerra aberta e não declarada” e alegou que o objetivo final de Telavive é anexar a região.

“A ocupação comete os seus crimes à luz da escandalosa inação árabe, internacional e popular. A operação decorre enquanto a ocupação continua a cometer massacres genocidas em Gaza, ignorando os pedidos internacionais”, disse o movimento, num comunicado citado pelo jornal ‘Filastín’.

O grupo islamita palestiniano Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 105 reféns continuam detidos no território palestiniano, 34 dos quais terão morrido.

Desde 07 de outubro, operações das IDF e ataques de colonos israelitas deixaram mais de 630 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A campanha militar israelita fez 40.405 mortos e 93.468 feridos na Faixa de Gaza, informou no domingo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.