Os Estados Unidos da América, Estado-membro permanente do Conselho de Segurança e principal defensor de Israel, têm o direito de veto sobre todas as resoluções submetidas à votação e utilizou-o várias vezes no passado.
"O importante é ter o apoio de 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança" para este futuro texto, disse a agência de notícias francesa AFP, sob anonimato, uma fonte diplomática palestiniana.
Na sexta-feira passada, os Estados Unidos estavam totalmente isolados do Conselho de Segurança durante uma reunião de emergência, convocada depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado o reconhecimento unilateral de Jerusalém como capital de Israel.
Todos os outros membros do Conselho de Segurança criticaram esta decisão.
Vários deles denunciaram a violação das resoluções anteriores da ONU, enfatizando que a questão de Jerusalém deveria fazer parte de um acordo negociado entre israelitas e palestinianos, como solução do conflito existente entre os dois povos.
O embaixador palestiniano na ONU, com o estatuto de observador, Riyad Mansour, disse à AFP que o texto de resolução proposto pediria aos Estados Unidos que "anulasse" a sua decisão.
Mas de acordo com várias fontes diplomáticas, "a linguagem", em última análise, mantida no projeto poderia ser mais matizada para assegurar o apoio dos 14 países membros do Conselho de Segurança da ONU.
O objetivo final é não descartar completamente os Estados Unidos, mas sim pressionar para que o projeto de paz que prometeram, desde que o republicano Donald Trump chegou ao poder há quase um ano, leve em conta os interesses dos palestinianos.
Desde a criação de Israel, em 1948, a comunidade internacional absteve-se de reconhecer Jerusalém como sua capital.
Israel anexou a parte oriental de Jerusalém em 1967 e aprovou uma lei declarando que é a sua capital "indivisível".
Esta anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional e os palestinianos consideram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado da Palestina.
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