Catarina Martins foi hoje entrevistada no programa das manhãs da SIC, de Cristina Ferreira, o "Programa da Cristina", um espaço de entretenimento pelo qual têm passado ao longo do último ano vários políticos, como o primeiro-ministro, António Costa, o presidente do PSD, Rui Rio, ou a líder centrista, Assunção Cristas.
"Eu acho que não é surpresa para ninguém se eu disser que tenho uma enorme simpatia pelo Jerónimo de Sousa", respondeu a líder do BE, quando questionada sobre qual o líder com que tem maior empatia.
Para Catarina Martins, as causas em que se acredita "devem ser defendidas com convicção e com clareza", considerando que "o debate político é um debate que não deve ser sobre a personalidade de cada um ou sobre a vida privada de cada um", mas deve ser sobre propostas.
"Não se constrói projeto político sem as pessoas e qualquer projeto político que seja construído sem a capacidade de empatia, de compreender a situação do outro, nomeadamente das pessoas que têm as vidas mais difíceis, é um projeto político que não serve", afirmou.
Questionada sobre a dificuldade das pessoas perceberem o que é um Orçamento do Estado, a líder do BE defendeu que "as pessoas compreendem o que é ter mais salário ou menos salário, mais pensão ou menos pensão, o que é a fatura da luz ser mais cara ou mais barata".
"Os orçamentos são isso, são a decisão sobre a nossa vida. Vamos ver, eu logo à tarde tenho uma reunião com o António Costa, a ver se fazemos alguma coisa", antecipou.
Cristina Ferreira lançou depois o tema da violência doméstica, que, segundo Catarina Martins, foi o motivo pelo qual aceitou a presença no programa.
"Quando falamos sobre a vinda ao programa, a Cristina sabe que eu tenho muitas reservas, não por ter nada contra o programa, mas porque normalmente sou reservada sobre a minha vida privada, costumo mais ir a programas de informação, debate, mas quis vir porque a Cristina é a mulher com o programa mais visto deste país e que afirmou publicamente a causa de combater a violência doméstica", explicou.
Para a líder bloquista, "há muito a fazer em termos de leis em Portugal, mas é preciso mudar os comportamentos".
"Há uma parte do trabalho em que a Cristina e espaços como este acho que são essenciais. Temos de falar todos os dias para prevenir toda a violência, para pararmos com este que é o maior problema de segurança do nosso país", justificou.
Mesmo no final do programa, Cristina Ferreira quis saber o prognóstico de Catarina Martins sobre as eleições internas do PSD, mas a líder do BE escusou-se a fazer qualquer comentário.
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