A previsão inicial apontava para março como o mês para a conclusão da obra, mas a meta agora é terminá-la entre os meses de junho e julho, aumentando a capacidade de embarque e desembarque do terminal de 2.400 para 3.000 passageiros por hora e permitindo 30 movimentos de aeronaves por hora, em vez de 24.

“Daqui a cerca de um mês ficam disponibilizadas as áreas de ‘check in’, que são áreas importantes para expandir a capacidade do aeroporto e depois até ao verão o essencial das obras estará concluído”, referiu Pedro Marques aos jornalistas, classificando a intervenção como “muito impactante” na qualidade da estrutura, tornando-a “praticamente um aeroporto novo”.

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, que falava durante uma visita às obras, defendeu que um aeroporto com níveis mais elevados de conforto e qualidade é também mais capaz de responder à crescente procura, ao mesmo tempo que garante mais sustentabilidade às empresas que ali estão instaladas.

Pedro Marques sublinhou também que é preciso captar para o aeroporto de Faro turistas de outros destinos, como a América do Norte e o Brasil, o que passa por encaminhar turistas que aterrem em Lisboa para o Algarve.

Com esse objetivo, adiantou, está previsto que a partir de 10 de junho a transportadora TAP aumente em 45% a sua capacidade de transporte de passageiros de Lisboa para o Algarve, com a implementação de mais oito voos por semana entre ambas as cidades.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da ANA — Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leão, referiu que o número de passageiros que chega ao Algarve via Lisboa ainda não é significativo, mas sublinhou que não ficaria surpreendido com o crescimento, no futuro, do tráfego aéreo entre as duas cidades.

Segundo o responsável pelo grupo que gere os aeroportos portugueses, integrado em 2013 na Vinci Airports, a intervenção em curso no Algarve visa criar um terminal que seja “amigável” durante todo o ano, permitindo a expansão da área disponível para os passageiros no verão e a sua redução no inverno, para evitar o “ambiente desolador de um aeroporto vazio”.

Com um custo estimado de 35 milhões de euros, a intervenção vai permitir expandir a aerogare dos atuais 81 mil metros quadrados para os 93 mil, estando previsto, no piso térreo, o aumento das áreas de controlo de passageiros, da sala de recolha de bagagens e da área de comércio e restauração.

No piso superior, será construída uma área destinada ao controlo de segurança e outra destinada a escritórios, além da expansão da área de comércio e restauração.

A intervenção foi projetada devido à alteração do perfil dos passageiros, que passam cada vez mais tempo nas instalações, fruto do aumento das companhias aéreas ‘low cost’ a operar em Faro, que representam aproximadamente 70% do tráfego total.