Apelidado de Aufbruch der Deutschen Patrioten (Acordar dos Alemães Patriotas), o partido, segundo o Guardian, vai usar uma bandeira alemã tendo como fundo uma centáurea. Esta flor de pétalas azuis foi usada pelos Nacional Socialistas austríacos nos anos 30 quando eram um partido ilegal, antes da anexação de 1938 pela Alemanha Nazi os ter colocado no poder.

Ex-líder regional da AfD no estado da Saxónia-Anhalt, André Poggenburg deixou o cargo depois de ter chamado à comunidade turca de "condutores de camelos" e aos imigrantes de nacionalidade dupla de "uma multidão de sem-abrigos que já não queremos".

No entanto, Poggenburg pediu na semana passada a demissão do partido através de um e-mail à liderança, no qual, de acordo com o Guardian, terá criticado o AfD por se preocupar em demasia com a possibilidade de ser colocado sob vigilância dos serviços de inteligência alemães.

O político também se terá queixado de uma tentativa do partido de tentar fletir num rumo mais moderado ao limitar a atuação de alguns dos seus militantes mais extremistas. "Infelizmente, os desenvolvimentos dentro do AfD nas últimas semanas e meses mostraram que esta já não é a minha casa política".

Poggenburg traz consigo dois também ex-membros para fundar o novo partido, Egbert Ermer e Benjamin Przybylla. Os seus objetivos imediatos são concorrer às eleições regionais nos estados de leste da Saxónia, Turíngia e Brandeburgo, mas o político já veio a público dizer que não pretende concorrer contra o ex-partido.

Em declarações ao jornal Welt, o político disse que a sua ideia é de "manter o posicionamento bem sucedido da AfD de há dois anos atrás e não seguir o percetível viragem à esquerda" da sua antiga força política.