Yoav Gallant não forneceu um número exato de ataques aéreos, mas fez uma rara declaração pública sobre a atividade militar israelita na Síria: “Desde que assumi o cargo, o número de ataques israelitas contra os iranianos na Síria duplicou”, realçou Gallant.
“Como parte desta campanha, estamos a trabalhar metodicamente para atacar as capacidades de inteligência iranianas na Síria. Estes ataques infligem danos significativos às tentativas da Guarda Revolucionária de estabelecer uma posição a poucos quilómetros da fronteira israelita”, analisou ainda, citado pela agência Associated Press (AP).
Gallant também acusou o Irão de converter navios civis em navios militares armados com armas como ‘drones’, mísseis e recursos de recolha de informações.
De acordo com o ministro da Defesa israelita, o Irão pretende destacar estes navios a longas distâncias do seu território.
“O Irão pretende expandir o seu alcance para o Oceano Índico, o Mar Vermelho e até as margens do Mediterrâneo”, alertou.
“Este é um plano estruturado projetado para ameaçar as rotas comerciais e aéreas — militares e civis — e criar uma ameaça permanente no panorama marítimo”, acrescentou.
Israel considera o Irão seu maior inimigo, citando os seus apelos pela destruição de Israel e o seu apoio a grupos militantes anti-Israel em toda a região.
O Estado judeu também acusa o Irão de tentar desenvolver uma bomba nuclear, uma acusação que Teerão nega.
Autoridades israelitas reconheceram a realização de centenas de ataques contra alvos iranianos na vizinha Síria, para onde o Irão enviou conselheiros e forças para ajudar o Presidente Bashar Assad numa guerra civil de 12 anos.
No entanto, Israel tem fornecido poucos detalhes ao longo dos anos e quase nunca fez comentários sobre operações específicas.
O Governo de coligação de Israel, o mais à direita desde a fundação do Estado judaico em 1948, assumiu o poder em dezembro.
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