De acordo com um aviso do INAM, o sistema tropical intensificou-se durante a manhã de quarta-feira e passou à categoria de ciclone tropical de categoria 3, o terceiro mais elevado numa escala de 1 a 5.

As projeções atualizadas indicam que o Chido continua “a intensificar-se”, podendo “começar a afetar as regiões costeira e continental de Madagáscar” a partir de sexta-feira.

“As projeções indicam ainda que, há fortes possibilidades do sistema meteorológico atravessar a região norte de Madagáscar e entrar para o canal de Moçambique a partir do dia 14/12/2024, podendo afetar as regiões norte e parte do centro”, lê-se no aviso do INAM.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

Já na primeira metade de 2023, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, de acordo com dados oficiais do Governo.