Norbert Hofer assumiu a liderança do partido de extrema-direita em maio, na sequência da demissão de Heinz-Christian Strache, que, além do cargo de líder do FPÖ, deixou de exercer funções como vice-chanceler da Áustria, devido ao escândalo de corrupção “Ibizagate”.
Este escândalo fez colapsar o Governo austríaco, uma coligação formada pelo FPÖ e o partido popular ÖVP, em 2017, e o então chanceler, o democrata-cristão Sebastian Kurz, anunciou eleições antecipadas, que estão marcadas para 29 de setembro.
“O nosso objetivo é tornarmo-nos na formação austríaca mais poderosa da Áustria, porque nós somos capazes e porque a Áustria precisa de nós”, disse Norbert Hofer antes da convenção do partido FPÖ, realizada em Graz, no sudeste do país.
Norbert Hofer assegurou que o partido de extrema-direita vai continuar a combater a “política islâmica” e apostar em novos temas, nomeadamente a proteção do ambiente.
Para as eleições legislativas austríacas, os conservadores de Sebastian Kurz apresentam-se como os favoritos do eleitorado, pelo que vão ter que encontrar um parceiro para formar Governo.
Segundo as sondagens, o partido FPÖ reúne 20% das intenções de voto, uma queda de 6% em relação aos resultados das legislativas de 2017, mas que poderá ser o suficiente para voltar ao poder com a direita.
Na perspetiva dos analistas, Norbert Hofer tem muito que fazer para conseguir unificar os filiados do FPÖ e superar o escândalo “Ibizagate”.
Em 18 de maio, Heinz-Christian Strache demitiu-se de todos os cargos políticos, devido ao chamado “Ibizagate”, um vídeo gravado na ilha espanhola de Ibiza no qual surge a prometer a uma suposta milionária russa favores políticos em troca de doações ilegais para o partido.
Na sequência do escândalo, foi anunciado que a Áustria iria avançar para a realização de eleições antecipadas.
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