Entre os mais de cem migrantes resgatados esta noite, cujo número exato ainda é desconhecido, estavam “muitas mulheres e crianças”, como explica a Organização Não Governamental (ONG) nas redes sociais.

Os migrantes viajavam num barco de borracha que foi intercetado devido ao alerta do “Alarm Phone”, serviço que recebe alertas telefónicos de embarcações em perigo em alto mar.

Estavam na zona de busca e salvamento de Malta, embora, segundo o fundador da Open Arms, Óscar Camps, nas proximidades houvesse um barco-patrulha da guarda costeira da Líbia, um país africano em guerra para onde muitos migrantes são devolvidos.

Numa outra operação realizada na sexta-feira, o veleiro Open Arms Astral, que acompanha o navio, salvou outros 40 migrantes que viajavam num pequeno barco e entre eles estava uma mulher, um bebé de três meses e três crianças não acompanhadas.

O resgate ocorreu depois de uma aeronave da ONG Sea Watch ter alertado para a presença de um barco em perigo no mar.

No comunicado sobre o primeiro resgate, a Open Arms garantiu que precisa de desembarcar os migrantes “o mais rápido possível” num porto seguro, porque as condições do mar estão a deteriorar-se rapidamente, devido à chegada de uma “forte tempestade”.

A organização espanhola, com um navio e o veleiro Astral, garantiu em comunicado que ao longo desta missão, iniciada há doze dias depois de partir do porto de Barcelona, testemunhou centenas de regressos à Líbia.

Perante esta situação, a Open Arms insiste que a Líbia “não pode ser considerado um país seguro” para o retorno de migrantes e lembrou a União Europeia do “dever” de proteger as suas vidas para que tenham a opção de pedir asilo, de acordo com o direito internacional.