![Mundial de Futebol: Marrocos em guerra aberta contra três milhões de cães vadios com raiva](/assets/img/blank.png)
A conhecida porimatologista e etóloga britânica Jane Godall, citada pelo jornal espanhol El País, alertou sobre este problema com uma carta aberta dirigida FIFA (Federação Internacional de Futebol) em que descreve os planos das autoridades marroquinas para com um “método violento” se verem livres do problema dos cães vadios. O método incluí “o sacrifício de tiros e o envenenamento”, segundo a cientista.
Cerca de três milhões de cães vadios deambulam hoje em dia pelas populações de Marrocos, onde são comuns os ataques a habitantes e os casos de contágio de raiva devido a mordidelas, revela o jornal espanhol.
"Há alternativas humanas e éticas para o seu controlo”, diz a conservadora da natureza, “e muitas organizações de todo o mundo podem ajudar”, acrescenta.
Desde 2019, Marrocos aderiu ao programa Captura-Esterilização-Vacinação-Libertação (TNVR, sigla em inglês) para reduzir a população de cães vadios. No passado verão, o Governo de Rabat, capital do país, anunciou um decreto sobre o controlo de cães, que ainda não foi publicado.
Desde então, existe uma campanha internacional para que Marrocos adote métodos “éticos e humanos” para controlar o excesso de cães. Com a aproximação do Mundial de Futebol de 2030, coorganizado junto com Espanha e Portugal existem receios que os cães sejam abatidos com tiros e envenenamentos, como aconteceu no passado em situações denunciadas em Tánger em 2023 durante o Mundial de Clubes de Futebol.
A carta de Goodall, dirigida à FIFA, alerta sobre “os planos de Marrocos” matar milhões de cães para garantir a segurança dos fãs de futebol que vão visitar o país.
“Fiquei horrorizada com o facto de as autoridades marroquinas estarem a levar a cabo matanças em grande escala de cães”, escreveu Goodall após as informações divulgadas pelos tabloides britânicos. “Muitos fãs de futebol de todo o mundo também são amantes dos animais", acrescentou.
Comentários