A mulher, de 39 anos, que ajudou a fundar a associação “Conhecer Realidades”, com sede em Gaia, para prestar apoio a crianças e jovens e pessoas com dificuldades económicas, está acusada de um crime de burla simples e outro de falsificação de documento.
Os factos ocorreram em janeiro de 2016, quando a mulher terá comprado um fio de ouro que estava à venda num site de compra e venda de artigos usados, na internet, por 500 euros.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), ao receber a carta com a peça em ouro, a arguida entregou ao carteiro um cheque, mas o pagamento foi recusado por ser um cheque falso.
No início do julgamento, a arguida, ex-empregada hoteleira, optou por remeter-se ao silêncio.
O coletivo de juízes ouviu o inspetor da Polícia Judiciária encarregado pelo caso que disse que a arguida foi identificada através do ‘modus operandi’.
Questionado pelo procurador da República, o inspetor explicou que os indícios que apontavam para a arguida começaram a “ganhar consistência” com a descrição da mulher feita pelo carteiro que entregou a encomenda e com o exame pericial à assinatura e à letra da arguida.
Ainda na mesma sessão foram ouvidos a vítima e o carteiro que identificou a arguida como sendo a mulher que recebeu a encomenda e que lhe entregou o cheque.
Nas alegações finais, o MP pediu que a arguida seja condenada com uma pena de prisão efetiva.
Já a defesa pediu a absolvição da arguida, alegando ter dúvidas relativamente à prova produzida durante o julgamento que ateste a sua culpabilidade.
Comentários