
"A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária, em cooperação com o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, levou a cabo, no dia de ontem, uma operação policial, que resultou na detenção de uma mulher de 24 anos, por fortes indícios da prática de crimes de burla qualificada, acesso ilegítimo e branqueamento", explica esta força policial em comunicado.
A suspeita usou o modus operandi conhecido como “CEO Fraud” e "terá conseguido movimentar e obter lucros correspondentes a largas dezenas de milhares de euros".
Segundo o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), "as campanhas de CEO Fraud caracterizam-se, essencialmente, pelo envio de emails ou mensagens de texto (sms ou através de aplicações) em que um agente malicioso, fazendo-se passar por uma entidade relacionada de alguma forma com a organização alvo (por exemplo, o/a Diretor(a) Executivo(a) ou um fornecedor), faz pedidos tipicamente de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante".
"Nalguns casos são apresentados ficheiros comprovativos, maioritariamente documentos forjados, de alteração de contas bancárias", acrescenta o CNCS.
A investigação foi iniciada em meados de dezembro de 2024, "após deteção de uma série de operações bancárias suspeitas", e "a mulher acabou por ser associada a várias ações de recebimento e dissipação de fundos, ao que tudo indicava, obtidos de forma fraudulenta".
"No decurso de buscas domiciliárias, desenvolvidas ainda no âmbito da operação, foram recolhidos relevantes elementos probatórios, nomeadamente documentação diversa e prova digital", é adiantando.
Segundo a PJ, "a detida será presente a primeiro interrogatório judicial de arguido detido para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas".
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