“Jean-Marie Le Pen, rodeado pela sua família, foi chamado de volta a Deus às 12h00 [11h00 em Lisboa] de terça-feira”, declarou a família num comunicado enviado à AFP.

Do jovem deputado poujadista de 1956 ao presidente honorário da Frente Nacional no início do século XXI, Jean-Marie Le Pen terá abraçado todas as vicissitudes da história da extrema direita francesa. Morreu na terça-feira, 7 de janeiro, aos 96 anos.

Presidiu, até janeiro de 2011, a Frente Nacional e foi cinco vezes candidato à presidência da França (1974, 1988, 1995, 2002 e 2007) pelo partido; em 2002, passou para a segunda volta das eleições presidenciais, perdendo para Jacques Chirac.

Em 2015, Le Pen acabou expulso do próprio partido ao ser "submetido a um procedimento disciplinar depois de declarações polémicas sobre o Holocausto", e foi substituído pela filha, Marine Le Pen, atual líder da Frente Nacional que agora se chama National Rally.

Desde então, Marine já concorreu à presidência três vezes e transformou o partido numa das principais forças políticas do país.

A morte do fundador da Frente Nacional ocorre enquanto Marine Le Pen, está em Mayotte, na sequência do ciclone Chido que atingiu duramente o arquipélago há três semanas. A líder não voltará a França continental até ao final da noite.