Gilbert Baker criou a famosa bandeira com oito cores para o dia da liberdade homossexual em 1978, uma iniciativa que mais tarde inspirou as marchas do “orgulho gay”, que se instituíram por todo o mundo.
O ex-soldado, que aprendeu a costurar sozinho quando tinha vinte anos, esteve envolvido no nascimento do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgéneros (LGBT) em São Francisco (oeste dos Estados Unidos).
Gilbert Baker tornou-se próximo do político e ativista dos direitos LGBT assassinado Harvey Milk.
“Tenho o coração partido. O meu melhor amigo partiu. Gilbert deu ao mundo a bandeira do arco-íris e deu-me a mim 40 anos de amor e amizade”, escreveu Cleve Jones no Facebook.
“Não consigo parar de chorar. Amo-te para sempre, Gilbert Baker”, acrescentou.
Cleve Jones não divulgou a causa da morte, mas o jornal “San Francisco Chronicle” escreve que o artista morreu durante o sono, na sua casa em Nova Iorque, na noite de quinta para sexta-feira.
Cleve Jones convidou os amigos de São Francisco para uma vigília sob a bandeira do arco-íris do distrito de Castro, onde reside uma grande comunidade LGBT.
O anúncio da morte de Gilbert Baker provocou uma avalanche de homenagens nas redes sociais.
“Os arco-íris choram. Sem ti, o nosso mundo fica sem cores, meu amor”, twittou o realizador Dustin Lance Black, que ganhou um Óscar pelo argumento do filme “Milk” (2008, com Sean Penn no papel de Harvey Milk) e criou uma série de televisão sobre o movimento LGBT, “When we rise”.
Gilbert Baker nasceu no Kansas (centro dos Estados Unidos) em 1951. Serviu dois anos no exército, segundo a sua página da internet. Morava em São Francisco na altura em que o movimento pelos direitos dos homossexuais começou a ganhar força.
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