Em declarações à agência Lusa, Pedro Jordão, porta-voz do grupo SOS Costa da Guia, promotor da iniciativa, explicou que a manifestação serve para contestar também a posição da Câmara de Cascais, que, segundo afirmou, não deu resposta aos pedidos efetuados.
"Continua a não haver resposta às nossas pretensões e soluções que propomos, que é que aquele espaço continue a ser verde, lúdico e a ser utilizado por todos e queremos que a câmara se aperceba de como é errada esta decisão de ter cedido o direito de construção naquele local", sustentou.
Pedro Jordão esclareceu que não é a construção de uma sinagoga que está em causa, sublinhando que o grupo é apartidário e não tem motivações religiosas.
"É à construção por si só que nos opomos, não tem nada a ver com ser uma sinagoga. Se fosse uma sede de escuteiros ou um supermercado teríamos exatamente a mesma posição", esclareceu.
O terreno em causa tem 5.000 metros quadrados e, segundo o porta-voz, está avaliado em 2 milhões de euros.
"Apesar disso, a câmara cedeu o terreno por uma renda mensal de 744 euros, por 50 anos, valor que os moradores se dispuseram a pagar para ficar com o terreno, mas a câmara rejeitou essa proposta", contou.
Contactada pela Lusa, a Câmara de Cascais não quis fazer comentários.
A manifestação está marcada para quarta-feira às 18:00 no terreno da Rua dos Vidoeiros.
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