No Porto, numa sala com centenas de apoiantes, e naquele que foi o primeiro comício da candidatura à presidência dos sociais-democratas do ex-líder da bancada parlamentar do PSD, Montenegro salientou que Marcelo Rebelo de Sousa é "suprapartidário", mas que não será por isso que o PSD liderado por si vai deixar de o apoiar.

"Lanço daqui, não é um repto, é apenas uma demonstração de incentivo, para que ele possa tomar essa decisão [de avançar para um segundo mandato em Belém]. Se a tomar, nós estaremos com ele", garantiu Luís Montenegro.

"Sei que a candidatura [de Marcelo] é suprapartidária, e sabemos todos que o modo como o atual Presidente da República exerce esse magistério é mesmo suprapartidário, as pessoas no PSD sabem, sentem isso muito bem. Mas, não obstante o respeito por esse princípio, eu quero dizer sem nenhum tipo de dúvidas que considero o professor Marcelo Rebelo de Sousa um elemento fundamental para a coesão interna de Portugal, e um elemento crucial para a afirmação externa do nosso país", justificou, sendo aplaudido por personalidades do partido como Hugo Soares, Leitão Amaro, José Pedro Aguiar Branco e vários autarcas de vários distritos.

Além das eleições presidenciais, Luís Montenegro abordou as eleições regionais para o Governo Autónomo dos Açores, em 2020, garantindo que "caso venha a ser eleito" irá para os Açores fazer campanha.

"Quero dizer que, se eu vier a ser eleito, vou estar lá, com o PSD Açores, para também aí podermos expressar a nossa vontade de mudar para melhor a qualidade de vida das pessoas que vivem naquela região autónoma", disse.

Lembrando de será ele mesmo a coordenar as eleições autárquicas de 2021, se ganhar a corrida à presidência do PSD, Luís Montenegro, numa sessão que serviu ainda para apresentar publicamente os mandatários nacionais da sua candidatura, Luís Reis e Margarida Balseiro Lopes, lembrou que estas eleições internas do PSD são também para "escolher o candidato a primeiro-ministro em 2023".

Luís Montenegro concorre à presidência do PSD contra o atual líder, Rui Rio, e contra Pinto Luz, vice-presidente da Câmara de Oeiras, num ato eleitoral marcado para 11 de janeiro.