Segundo o FMI, “persistem lacunas de informação, em particular no que respeita ao uso dos empréstimos”, no valor de dois mil milhões de dólares, contraídos por empresas públicas detidas pelos Serviços de Informações e Segurança do Estado (SISE) à revelia do parlamento e parceiros internacionais em 2013 e 2014.
O FMI e doadores fizeram depender a retoma dos apoios diretos ao Orçamento do Estado dos resultados das averiguações e ainda não se sabe o que irá acontecer.
A consultora Kroll queixou-se de falta de colaboração dos responsáveis pelas empresas para disponibilizar informação sobre o destino dos fundos, ao mesmo tempo que indiciou diversas pessoas, sem referir nomes, por má gestão e violação da lei e classificou os planos das empresas como irrealistas.
A missão do corpo técnico do FMI visa “discutir os resultados da auditoria com as autoridades e possíveis medidas de seguimento”, anunciou a instituição, em comunicado, depois de conhecido o sumário executivo, em junho.
Entre essas medidas está a possibilidade de “trabalhar com as autoridades para abordar preocupações relacionadas com a gestão de recursos públicos”.
A missão deverá também “reavaliar a situação macroeconómica e discutir as prioridades das autoridades relativas ao orçamento de 2018″, anunciou.
A agenda de encontros entre os elementos do FMI e as autoridades moçambicanas permanece reservada e as reuniões vão decorrer à porta fechada, disse fonte do fundo à Lusa.
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