Entre março e setembro, a PAR desenvolveu uma missão de apoio aos refugiados que foram chegando à Grécia e vão ficando nestes campos de refugiado “em situações muito difíceis e que exigem um apoio específico em termos humanitários”, disse Rui Marques.
Na missão participaram 32 voluntários portugueses, entre os quais médicos, enfermeiros, psicólogos, educadores sociais, professores, engenheiros, um palhaço, cujo trabalho no terreno “tem sido muito apreciado”.
“Foram muitas as atividades, o balanço é muito positivo, e foi decidido pela comissão executiva da PAR renovar esta missão por mais seis meses na Grécia”, avançou o coordenador da PAR.
No final de agosto, Rui Marques fez uma deslocação à Grécia para fazer a avaliação da missão e questionar as instituições no terreno sobre se “consideravam útil e necessário” a continuação da missão da PAR.
“O ‘feedback’ que obtivemos foi excelente no sentido que todos os nossos parceiros pediram que continuássemos o trabalho que estávamos a fazer e se possível o aumentássemos”, contou à Lusa.
O trabalho da PAR foi realizado em parceria com organizações não-governamentais locais, como a Cáritas Grécia, o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e a Elix.
“Com o exemplo destes parceiros foi possível desenvolver um conjunto de atividades muito diversificado” na área da saúde, da educação não formal e no apoio às famílias.
“Tivemos equipas de saúde, médicos e enfermeiros, que deram apoio ao programa de vacinação em Lesbos, para que todas as crianças fossem vacinadas” e asseguraram os serviços básicos de saúde no campo de Karatepe aos fins de semana, em agosto, exemplificou Rui Marques.
Os voluntários desenvolveram também atividades com as crianças que estão nos campos de refugiados, e “infelizmente não podem ir à escola”, trabalharem no Centro de Apoio de Emergência às Famílias” e ajudaram mulheres e jovens refugiados em Lesbos
Em parceria com a Elix, os voluntários portugueses criaram duas escolas de verão, cada uma com capacidade para 100 crianças, no campo de refugiados de Elleonas, em Atenas.
Em agosto, geriram um centro de acolhimento do Serviço Jesuíta aos Refugiados, em Atenas, que acolhe 40 refugiados.
”É um trabalho fundamental” para o qual “foi essencial” o apoio da sociedade de advogados Linklaters, do GRACE, da EDP, da EY Portugal, da Universidade Católica Portuguesa do Porto e da Universidade de Aveiro.
“Apelamos a outras empresas que possam vir a apoiar os próximos meses de trabalho”, frisou.
O coordenador da PAR salientou ainda o “contributo muito importante” dos voluntários que, além de darem o seu trabalho, pagam o custo da viagem.
“O esforço e o trabalho” destes voluntários no terreno são “a imagem” de Portugal junto dos refugidos e das outras organizações internacionais.
E, sustentou, “deixaram uma excelente imagem do nosso país em termos de solidariedade e disponibilidade para ajudar”.
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