“Estão cá todos os 27 países da União Europeia representados. Vamos discutir o reforço do apoio militar, do reforço do apoio monetário e do reforço das sanções e, sobretudo, vamos manifestar a nossa solidariedade em relação à Ucrânia e no seu processo de integração na União Europeia”, disse o ministro em declarações em Kiev, divulgadas pela RTP.
O ministro João Cravinho está hoje em Kiev, para participar na reunião inédita dos responsáveis pelos negócios estrangeiros dos países da União Europeia.
“[A reunião] é um sinal que se pretende o mais forte possível de compromisso com a Ucrânia. No caso de Portugal, vem cinco semanas depois da visita do Presidente [da República] Marcelo Rebelo de Sousa. Haverá também oportunidade do meu lado para uma conversa bilateral com o vice-primeiro-ministro da Ucrânia sobre as relações Portugal/Ucrânia, de como podemos trabalhar mais e melhor juntos para reforçar o apoio de Portugal”, sublinhou.
Sobre a vitória do partido populista Direção-social Democracia (Smer-SSD), do antigo primeiro-ministro Robert Fico, que se opõe à ajuda à Ucrânia, nas eleições legislativas na Eslováquia, João Cravinho disse não acreditar que o resultado das eleições mudem a posição da União Europeia.
“Nos 27 países somos todos democracias. Há eleições periódicas nos governos dos vários países, a União Europeia tem uma tradição muito clara, muito forte. Não acredito que as eleições na Eslováquia mudem aquilo que é a posição da União Europeia”, disse.
O representante da política externa da UE, Josep Borrell, anunciou o encontro de hoje numa mensagem difundida pela rede social X.
“Convoco hoje em Kiev os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, a primeira reunião dos 27 Estados membros a realizar-se fora da União Europeia”, escreveu o representante da política externa da UE.
Um embaixador europeu, não identificado, disse à agência de notícias espanhola EFE que a realização do encontro em Kiev é uma demonstração de apoio à Ucrânia e ao processo de reformas com vista à adesão à União Europeia.
A reunião procura reforçar o apoio da Europa à Ucrânia num momento de divergências manifestadas por alguns Estados membros do bloco europeu devido à exportação de cereais ucranianos, especialmente a Polónia.
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