
“O primeiro-ministro tem a responsabilidade final: lançar uma campanha para derrotar o Hamas, ocupar Gaza e implementar um governo militar temporário até que outra solução seja encontrada, recuperar as pessoas sequestradas e implementar o plano de [Donald] Trump, ou este Governo não tem o direito de existir”, disse Smotrich em comunicado.
Os comentários surgem depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter reunido na terça-feira à noite o gabinete de segurança do Governo para discutir o curso da guerra em Gaza e as negociações para um cessar-fogo com o Hamas.
De acordo com o diário israelita Israel Hayom, que cita fonte próxima das conversações, os ministros do partido Sionista Religioso, que Smotrich dirige e que é fundamental para a coligação governamental, apelaram para um aumento da intensidade dos ataques a Gaza.
No entanto, tanto Netanyahu como o ministro da Defesa, Israel Katz, e o chefe do exército, Eyal Zamir, são favoráveis à manutenção da atual estratégia para tentar garantir a libertação de, pelo menos, alguns reféns.
Smotrich, que sempre foi contra as negociações com o Hamas, disse, após a assinatura da trégua de janeiro, que só manteria o apoio ao Governo para garantir que Israel retomasse a guerra, o que aconteceu a 18 de março, quando o exército israelita rompeu unilateralmente o cessar-fogo.
Na segunda-feira, o ministro deixou claro numa entrevista que a recuperação dos 59 reféns, ainda nas mãos do Hamas ou aliados em Gaza, “não é o mais importante”.
Na declaração de quarta-feira, Smotrich também insistiu que deve ser Israel a controlar o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, uma ideia que o secretário-geral da ONU, António Guterres, rejeitou no início de abril, dizendo que ameaça “limitar cruelmente até à última caloria e grão de farinha”.
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