A reunião entre Marta Temido e deputados do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, que terminou pouco antes das 20:00, decorreu na véspera de o parlamento decidir que a proposta do Governo e os projetos de lei dos partidos baixassem, sem votação, à comissão parlamentar de Saúde.
Segundo fonte governamental, chegou a estar previsto um encontro com o PCP, mas não se realizou, disse à Lusa fonte do grupo parlamentar dos comunistas. Fonte do Bloco confirmou a reunião.
A proposta de lei do Governo e os projetos do PSD, CDS-PP e PCP de Lei de Bases da Saúde baixaram hoje, sem votação, à discussão na especialidade por 60 dias.
Estes diplomas juntam-se à iniciativa do BE que já tinha descido à especialidade na anterior sessão legislativa, também sem votação na generalidade.
A atual Lei de Bases de Saúde é de 1990, tendo sido aprovada durante o primeiro Governo de maioria absoluta do PSD, liderado por Cavaco Silva.
Em junho do ano passado, por nomeação do Governo, a antiga ministra socialista Maria de Belém apresentou aos jornalistas uma anteproposta de Lei de Bases, mas que nunca chegou a ser apreciada em Conselho de Ministros.
Com a remodelação governamental de outubro, a nova ministra da Saúde Marta Temido indicou que pretendia “aperfeiçoar” o documento e incorporar a sua visão na proposta final do Governo.
O papel do Estado e dos privados ou a cobrança de taxas moderadoras são pontos centrais nas várias propostas que vão a debate e dividem as bancadas à esquerda e à direita.
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