O arguido foi acusado dos crimes de introdução em lugar vedado ao público, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, injúria agravada, dano, furto e detenção de arma proibida.

O homem aguarda julgamento em regime de internamento preventivo, medida cautelar de privação de liberdade, por padecer de doença do foro psiquiátrico.

Segundo o MP, no dia 28 de outubro, o arguido deslocou-se à Câmara Municipal de Torres Vedras com um objeto cortante e dirigiu-se ao interior dos serviços “sem autorização”.

Dentro das instalações municipais, “abordou a Chefe de Divisão do Património, que injuriou, ameaçou e agrediu”.

O homem agrediu ainda “mais três funcionários que vieram em auxílio da outra vítima” e danificou uma porta, tendo abandonado o local.

No mesmo dia, num supermercado de Peniche, “depois de dirigir umas palavras a um cidadão, foi ao seu veículo buscar o objeto cortante, desferiu um golpe que danificou o casaco do mesmo cidadão, subtraindo-lhe um baralho de cartas e um maço de tabaco”.

O suspeito, de 50 anos, veio a ser detido pela PSP em 5 de novembro, após mandado de busca fora de flagrante delito emitido pelo Ministério Público.

Num email enviado às redações um dia após os crimes, o suspeito explicou que agiu “em defesa familiar”, por ele e o filho terem sido vítimas de um conflito laboral, apesar de a presidente do município, Laura Rodrigues, ter dito que o sucedido “não tem a ver com a prestação dos serviços” pela autarquia.