Em comunicado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) avança que esta rede criminosa, desmantelada em junho de 2019 no âmbito da operação “El Pibe”, operava há vários anos na zona de Aveiro e Albergaria-a-Velha e vivia da exploração sexual de várias mulheres romenas, que se prostituíam na via pública.
No âmbito desta operação, os inspetores do SEF apreenderam seis viaturas, ouro, joias, dinheiro e documentos falsos.
O SEF explica que o grupo, que operava em Portugal e em outros países da União Europeia, aproveitava-se da vulnerabilidade das vítimas oriundas de famílias desestruturadas com poucos rendimentos económicos, deficiente autoestima, com episódios de violência doméstica e consumo de álcool e drogas.
Aquele serviço de segurança indica que as alegadas vítimas, todas mulheres, não exerciam a prática da prostituição de livre vontade, sendo alegadamente obrigadas a prostituir-se e privadas da sua dignidade humana.
De acordo com a acusação, as vítimas eram alegadamente exploradas e utilizadas para ganhar dinheiro, para pagar dívidas e comissões impostas pelo líder da associação criminosa, proporcionando avultados proventos financeiros (cerca de 70 mil euros/ano) aos exploradores.
Na acusação, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal indica também que os alegados exploradores potenciavam nas vítimas as fragilidades por não possuírem uma rede familiar estável e duradoura para aumentar os seus poderes de persuasão, manipulação e intimidação.
A investigação do SEF começou em dezembro de 2018, tendo sido conduzida em articulação com a Europol.
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