“Em resposta aos crimes cometidos pelo inimigo contra o nosso povo em Gaza, os ‘mujahedin’ da Resistência Islâmica no Iraque atacaram a base de ocupação norte-americana em Ain al Asad, no oeste do Iraque, com um ‘drone’ e atingiram diretamente o seu alvo”, indicou a aliança de grupos armados, na plataforma de mensagens Telegram.

Nem o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nem o comando regional do exército norte-americano fez até ao momento qualquer comentário sobre o ataque.

A Resistência Islâmica do Iraque realizou dezenas de ataques contra bases dos Estados Unidos no Iraque e na Síria, causando pelo menos 56 feridos entre os militares dos EUA, segundo dados do Departamento de Defesa norte-americano.

As autoridades dos Estados Unidos já prometeram em várias ocasiões responder aos ataques quando “for apropriado”.

A 18 de novembro, a Resistência Islâmica do Iraque reivindicou um ataque com ‘drone’ contra Al Tanf, uma base dos Estados Unidos na tripla fronteira entre o Iraque, Síria e Jordânia.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou em comunicado que as forças dos EUA derrubaram pelo menos um ‘drone’ na zona de Al Sariya, a cerca de três quilómetros da base de Al Tanf.

O grupo de milícias iraquiano justificou os ataques como retaliação pela ofensiva israelita na Faixa de Gaza, após o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel a 07 de outubro.

Este ataque que incluiu o lançamento de ‘rockets’ e a infiltração em território israelita de cerca de 3.000 combatentes, causou cerca de 1.200 mortos, principalmente civis, cinco mil feridos e cerca de 240 reféns, segundo um balanço das Forças de Defesa de Israel.

Em represália, Israel está a bombardear incessantemente a Faixa de Gaza e desenvolve, desde 27 de outubro, uma operação terrestre, para “esmagar” o movimento islamita.

Estes ataques israelitas à Faixa de Gaza já fizeram mais de 13.300 mortos, dos quais mais de 5.600 são crianças, segundo o Hamas, desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.

A este balanço somam-se dezenas de milhares de feridos e ainda, segundo a ONU, 1,7 milhões de deslocados — mais de dois terços da população total daquele enclave palestiniano pobre, que enfrenta uma grave crise humanitária, devido à escassez de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.