O governo regional de Berlim proibiu a manifestação, apontando que em protestos semelhantes realizados nas últimas semanas os manifestantes não respeitaram regras como o uso de máscara ou o distanciamento, mas os organizadores recorreram à justiça e um tribunal autorizou a manifestação.
O tribunal determinou que o uso de máscara no protesto não é obrigatório, mas que os participantes devem manter uma distância de 1,5 metros entre si, o que as imagens mostram não estar a ser respeitado.
O protesto, intitulado “Festa da liberdade e da paz”, reúne “pensadores livres”, ativistas anti-vacinas, adeptos das teorias da conspiração, militantes da extrema-direita ou até comerciantes que prejudicados pelas restrições.
Uma multidão muito heterogénea, com pessoas de todas as idades, famílias com crianças, participa no protesto, que começou cerca das 09:00 locais (08:00 em Lisboa), enquadrada por um forte dispositivo policial de cerca de 3.000 agentes.
“Não sou simpatizante da extrema-direita, estou aqui para defender as liberdades fundamentais”, afirmou um manifestante, Stefan, um berlinense de 43 anos, com uma t-shirt com a inscrição “Pensar ajuda!”, ouvido pela agência France-Presse (AFP).
“Estamos aqui para dizer que é preciso ter atenção. Com ou sem crise do coronavírus, temos de defender as nossas liberdades”, disse Christina Holz, uma estudante de 22 anos, que usava uma t-shirt pedindo a libertação de Julien Assange, fundador da Wikileaks detido no Reino Unido.
Este protesto ocorre numa altura em que a Alemanha regista um novo aumento de casos nas últimas semanas, com uma média de 1.500 contágios/dia, o que levou as autoridades a impor novas restrições.
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