O protesto, organizado pelo Movimento por um governo de qualidade, decorreu na praça Habima, centro da cidade, na presença de políticos e ativistas de esquerda e na sequência do anúncio, na quinta-feira, de que Netanyahu será formalmente acusado de fraude, suborno e abuso de confiança.
“Hoje dizemos, com uma voz forte e clara, que não teremos um primeiro-ministro acusado de receber subornos”, declarou Tomer Naor, um dos organizadores do protesto.
A concentração, que segundo os media locais reuniu 5.000 pessoas, o dobro da semana passada. Os manifestantes transportavam cartazes que acusavam o chefe do Governo de “criminoso” e entoaram frases como “Netanyahu demite-te, Israel é mais importante” ou “Democracia forte, Israel forte”.
Este protesto ocorreu apenas quatro dias após milhares de israelitas se terem reunido numa outra praça da cidade em apoio ao primeiro-ministro, que denunciou a acusação como uma “tentativa de golpe” e atacou duramente a justiça e a polícia.
Nessa mobilização, os manifestantes pediram o afastamento do procurador-geral, Avijai Mandelblit, e a prisão de membros específicos da sua equipa.
Apesar de Netanyahu ainda garantir o apoio da maioria do seu partido de direita Likud, a liderança da organização reúne-se na quinta-feira para decidir a eventual convocação de primárias, a apenas seis dias do prazo definitivo fornecido ao Knesset (parlamento) para formar um novo governo e evitar as terceiras eleições legislativas em menos de um ano.
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