Num comunicado enviado à Lusa, o porta-voz da embaixada afirma que as declarações do chefe da diplomacia dos Estados Unidos “para atacar o governo chinês e o Partido Comunista da China e manchar a empresa chinesa Huawei”, “revelam a mentalidade da guerra fria e os preconceitos ideológicos enraizados da parte americana”.
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, Mike Pompeo afirmou que atribuir a transição para a quinta geração de telecomunicações (5G) à Huawei é um “risco de segurança”, porque o “partido comunista chinês não hesitará em usar todas as ferramentas ao seu dispor para oprimir”, e que devem proteger-se "os interesses dos cidadãos" garantindo que os seus dados "só chegam onde é seguro”.
O porta-voz da representação diplomática rebate as críticas assegurando que “nenhum país, nenhuma empresa ou nenhum indivíduo consegue apresentar provas fundadas para justificar a chamada ameaça de segurança de Huawei”.
Para a China, ao “manchar deliberadamente a Huawei”, os Estados Unidos pretendem “nada mais do que suprimir a exploração legítima da empresa tecnológica chinesa sob o pretexto de segurança”.
“Temos a expectativa e confiança de que as partes relevantes consigam discernir a intenção verdadeira dos EUA, abandonar a mentalidade da guerra fria e aderir aos princípios de equidade, justiça e não-discriminação, no sentido de impulsionar a cooperação de 5G entre as partes concernentes e construir em conjunto um ecossistema de 5G seguro, aberto, transparente e saudável”, afirma.
A China, lê-se também no documento, “sustenta firmemente a política diplomática pacífica de independência e autonomia” e “impulsiona a construção de um novo tipo de relações internacionais que se baseia no respeito mútuo, equidade, justiça, cooperação e de ganhos compartilhados”.
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