Em comunicado, o Metro de Lisboa informa terem sido entregues seis propostas no âmbito do concurso relativo às “empreitadas de projeto e construção” da ligação entre o “término da Estação Rato e a Estação Santos (Lote 1) e entre a Estação Santos e o término da Estação Cais do Sodré (Lote 2)”.
Segundo a empresa, para a empreitada entre a estação do Rato e a de Santos (Lote 1) foram apresentadas quatro propostas, que se encontram em análise e avaliação pelo júri do concurso.
Neste caso, foram apresentadas propostas pela Mota Engil, SA / Spie Batignolles International, sucursal em Portugal, num valor de 49,6 milhões euros, da Casais, Engenharia e Construção, SA / Acciona Construcion, SA (47,6 milhões de euros), da Zagope, Construção e Engenharia, SA (48,6 milhões de euros) e também da Teixeira Duarte, Engenharia e Construções, SA / Alves Ribeiro, SA / HCI – Construções, SA / Tecnovia, Sociedade de Empreitadas, SA, num montante de 77 milhões de euros.
De acordo com o documento, para o Lote 2 foram apresentadas duas propostas com valores superiores ao preço base definido no processo de concurso, facto que, tendo em conta a legislação aplicável do Código dos Contratos Públicos – CCP, obriga à exclusão de ambas.
Segundo o Metropolitano de Lisboa, os valores base do concurso para o Lote 1 são de 52 milhões de euros, enquanto que para o Lote 2 são de 68 milhões de euros.
Como tal, e de acordo com o metro, o júri elaborou o Relatório Preliminar de Análise e Avaliação das Propostas apresentadas para o Lote 2, “o qual se encontra em fase de audiência prévia de interessados”.
Após a elaboração do Relatório Final, e caso se confirme a exclusão das duas propostas apresentadas para o Lote 2, o Metro irá lançar, oportunamente, novo concurso para adjudicação da empreitada de Execução dos toscos entre a Estação de Santos e o término da Estação do Cais do Sodré.
Em causa estão as propostas da Mota Engil, SA , no valor de 87,5 milhões de euros, e da Teixeira Duarte, no montante de 110 milhões de euros.
Este concurso enquadra-se no âmbito do plano de expansão da rede do metro para o prolongamento das linhas Amarela e Verde Rato/Cais do Sodré, viabilizando a criação de um anel envolvente na zona central da cidade de Lisboa.
A linha circular pretende ligar a estação do Cais do Sodré (linha verde) à do Rato (linha amarela) e, para isso, está prevista a construção de duas novas estações: uma na zona de Santos e outra na zona da Estrela.
A atual linha verde vai desde o Cais do Sodré a Telheiras, mas com esta obra passará a ter as estações da linha amarela (a partir da Cidade Universitária até ao Rato) formando assim “um círculo” na rede do Metropolitano da capital.
A linha amarela que iria desde o Rato a Odivelas vai perder todas as estações até ao Campo Grande e aí ficará com Telheiras (que era da linha verde) e passará a ir de Telheiras até Odivelas.
Em julho do ano passado foi aprovada na Assembleia da República uma resolução que recomenda a suspensão do projeto da criação de uma linha circular no Metro de Lisboa, com os votos favoráveis de todas as bancadas, exceto o PS, que se absteve.
Também foi criado o movimento de cidadãos “Contra o Fim da Linha Amarela” que, através de petições públicas e concentrações, manifesta o seu descontentamento em relação ao projeto que vai alterar duas linhas do Metropolitano de Lisboa.
O investimento previsto para a expansão do metropolitano de Lisboa é de 210 milhões de euros, um valor cofinanciado em 127,2 milhões pelo Fundo Ambiental e em 83 milhões pelo Fundo de Coesão, através do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos - POSEUR.
Tendo em conta o adiamento dos prazos, ainda na fase de concursos, dificilmente irá concretizar-se a data de conclusão referida em janeiro do ano passado pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que apontou “para finais de 2022 ou, o mais tardar, início de 2023”.
(Notícia atualizada às 16:39)
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