Fernando Medina falava no Parque das Nações, em Lisboa, numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro, António Costa, após a Carris assinar contratos para a aquisição de 15 autocarros a eletricidade e 140 a gás, que deverão entrar em operação no final de 2018.
"Este momento consolida aquilo que foi uma viragem estratégica na política de mobilidade e transportes que este Governo decidiu adotar em parceria com as autarquias", sustentou o presidente da Câmara de Lisboa, deixando, depois, críticas ao anterior modelo.
"O modelo que temos até hoje não tem qualquer sustentabilidade e, pior, as soluções que se foram acumulando ao longo dos anos para o transporte público provocaram uma diminuição da qualidade de vida dos cidadãos e uma degradação dos indicadores ambientais", afirmou.
De acordo com os dados apresentados pelo presidente da Câmara de Lisboa, desde 2010 a Carris "perdeu mais de 150 autocarros no global da sua frota" e ainda dispõe de "75 autocarros com mais de 16 anos de vida útil".
"A Carris, em poucos anos, perdeu mais de 30% do seu global em termos de operação - isto numa cidade que está crescentemente a aumentar as necessidades em termos de mobilidade, porque a economia melhora e há mais turismo", referiu Fernando Medina.
Porém, com a passagem da Carris para a gestão do município de Lisboa, Fernando Medina disse que "só em quatro meses - e só pela mudança dos tarifários dos passes sociais -, os cidadãos com mais 65 anos fizeram mais 470 mil viagens por mês".
"Só por causa dos benefícios de isenção de crianças até aos 12 anos, há mais 100 mil viagens por mês - é só estamos a começar agora. Se continuarmos a crescer desta forma, a medida que tomámos de diminuição dos preços vai ser financeiramente favorável", sustentou o presidente da Câmara de Lisboa.
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