“Neste momento estão a ser afetadas as zonas mais a norte que ainda não tinham sido atingidas. Perto do Porto, Aveiro e Ovar, por exemplo”, afirmou a diretora de comunicação da EDP Distribuição, Fernanda Bonifácio em declarações à Lusa.
De acordo com a EDP esta é uma situação “muito grave e complexa”.
Não sendo possível quantificar, ainda, o número total de clientes afetados pela falta de energia elétrica, a responsável indicou que se trata de “centenas de milhares” o que levou a EDP Distribuição a reforçar os meios e os recursos, ativando o “estado perturbado”.
“O estado perturbado é superior ao estado de alerta que tínhamos ativo desde as 18:00 [de sábado]. Estamos a mobilizar mais meios de outras partes do país para responder às ocorrências”, esclareceu Fernanda Bonifácio.
A responsável adiantou também que os técnicos a trabalhar no terreno encontram “situações muito difíceis”, dando conta de estradas impedidas e árvores caídas, mantendo-se o vento forte e a chuva, sobretudo a norte.
“Temos que aguardar que a situação serene para entrarmos com mais força. Daremos, naturalmente, prioridade a aglomerados populacionais com maior densidade”, afirmou.
Num balanço anterior, sábado à noite, a mesma responsável referia a existência de pelo menos 15.000 clientes sem energia elétrica, situação que se foi agravando ao longo da noite e madrugada.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou no sábado 13 distritos sob aviso vermelho, o mais grave, por previsão de vento forte, e alguns também por agitação marítima, em consequência da passagem pelo território continental do furacão Leslie.
Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Castelo Branco, Viseu, Guarda e Santarém são os distritos abrangidos pelo aviso.
O furacão Leslie está a atingir o território continental como depressão pós-tropical, mas com ventos com "intensidades equivalentes a uma tempestade tropical", com rajadas acima dos 130 quilómetros/hora que podem chegar a máximos históricos de 180/190 quilómetros/hora, segundo o meteorologista do IPMA Nuno Moreira.
De acordo com a Proteção Civil, o período crítico deverá prolongar-se até às 04:00 de hoje.
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