“Na manhã de 21 de fevereiro foi comunicado ao oficial de serviço às instalações navais de Alcântara, por um dos candidatos ao concurso de praças, uma situação em que tinha sido abordado por um militar que, alegadamente, dizia ser médico e que referiu haver a necessidade de o examinar”, refere a Marinha em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o documento, o candidato, que estava a pernoitar nas instalações devido ao calendário de provas a realizar, descreveu que os atos praticados pelo militar “se revelaram compatíveis com importunação sexual”.
“Identificado o militar em causa, que não é médico, a Marinha desencadeou, de imediato, todos os procedimentos previstos, comunicou a ocorrência à PJM e instaurou um processo disciplinar”, acrescenta.
O candidato e o militar identificado foram ouvidos pela PJM nesse mesmo dia ao final da tarde.
“O militar foi preventivamente afastado do espaço onde os candidatos circulam, até ao completo esclarecimento dos factos”, salienta.
A instituição militar explica ainda que disponibilizou, de imediato, apoio psicológico ao candidato.
“A Marinha não se revê, nem tolera, este tipo de comportamento”, garante, salientando que “tem estado a colaborar com as autoridades e permanece disponível para cooperar no que for necessário, com vista ao apuramento cabal de todos os factos”.
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