Em declarações à margem de uma visita ao mercado semanal de Espinho, no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, Mariana Mortágua comentou assim a renúncia apresentada esta manhã por Alexandre Fonseca ao cargo de diretor executivo da antiga Portugal Telecom (PT) e, atualmente, a maior empresa nacional de telecomunicações.
“Devemos aprender com o que vai acontecendo, olhar para as empresas que foram privatizadas, perguntar o que aconteceu a cada uma delas e aprender com isso. Talvez isso possa dar um bom indício de por que é que é uma má ideia privatizar a TAP”, defendeu a também deputada e líder parlamentar do BE.
Para Mariana Mortágua, “toda a situação da PT é uma história de terror — do que acontece quando uma empresa das mais importantes do país é privatizada”. Nesse contexto, a presente investigação do Ministério Público à empresa de telecomunicações “é o último episódio desse processo, que utilizou imóveis da própria PT, da própria Altice, para negócios pessoais e enriquecimento pessoal”.
A coordenadora do BE espera “que a justiça corra rapidamente”, mas considera que já há uma lição a retirar do caso.
“A Portugal Telecom empregava milhares de pessoas, tinha tecnologia de ponta, desenvolveu serviços inovadores e fez tudo isto enquanto era pública. Mas, a partir do momento em que foi privatizada, transformou-se num joguete na mão de poderosos, sejam eles Ricardo Salgado ou depois os seus donos internacionais, como a Altice”, afirmou.
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