"Num momento muito difícil, de facto esta instituição não só esteve à altura das circunstâncias como se excedeu", vincou Marcelo Rebelo de Sousa, falando aos jornalistas no final de uma visita de cerca de 45 minutos à unidade de queimados do CHUC e ao serviço de urgências.
E prosseguiu: "Queria agradecer a esta instituição a forma excelente, excecional, como respondeu a partir das 22:00 de sábado".
O chefe de Estado cumprimentou a "equipa de excecional qualidade" do hospital, trabalhadores "que continuam, todos os dias", a responder aos feridos que a unidade acolheu.
Questionado sobre as conversas que teve com os feridos, Marcelo Rebelo de Sousa senalteceu a "consciência do processo de recuperação", de que "estavam a melhorar", e destacou uma conversa que teve com uma bombeira de Castanheira de Pera, corporação que perdeu um elemento no combate aos fogos.
"Houve uma grande vontade que me impressionou da bombeira em querer voltar ao serviço. Sabe que tem colegas, camaradas, a lutar e a combater as chamas, e ela queria estar ao lado deles. Isso é muito impressionante, porque estando a recuperar, não pode tão depressa cumprir esse desígnio", sustentou.
O Presidente da República disse ainda que "está a acompanhar" a situação em Góis, onde as elevadas temperaturas e vento forte estão a provocar o alastramento do incêndio na zona.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 130 feridos, segundo um balanço provisório divulgado na segunda-feira.
O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
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