Em declarações aos jornalistas, no final de uma cerimónia na Academia das Ciências de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que o encontro com o antigo primeiro-ministro estava previsto "há cerca de um mês" e que não viu razão para o cancelar.
Questionado se falou com Santana Lopes sobre o PSD, tendo em conta que este é apontado como possível candidato à liderança do partido, o chefe de Estado respondeu: "O objetivo era, obviamente, falar de um tema que tem a ver com o cargo que desempenha, só isso".
"Falámos do sistema financeiro português", acrescentou o Presidente da República, já enquanto entrava no carro.
A notícia de que Pedro Santana Lopes almoçou hoje com o Presidente da República no Palácio de Belém foi avançada hoje à tarde pela SIC, que não adiantou o motivo do encontro.
Em declarações ao Expresso, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirmou o almoço, e disse que "estava combinado há cerca de três semanas" e que os dois entenderam que "não havia razões para o cancelar", mas também não indicou a agenda do encontro.
Questionado pela comunicação social sobre esta notícia, o Presidente da República respondeu: "Como penso que já saberão, no quadro dos contactos que eu tenho, neste caso, concretamente sobre o papel da Misericórdia no sistema económico e financeiro português, entendi que devia falar com o presidente da Santa Casa da Misericórdia, há cerca de um mês".
"E mantive essa conversa, não havia razão para deixar de falar", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Conselho Nacional do PSD reúne-se hoje à noite para marcar as datas das eleições diretas para o cargo de presidente do partido e do Congresso que elegerá os novos órgãos nacionais do ciclo pós-liderança de Pedro Passos Coelho, que anunciou que não se iria recandidatar a um novo mandato, na sequência das autárquicas.
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