As emendas propostas ao código penal do país transformariam em delito, punível com até 10 anos de prisão, utilizar a intimidação para impedir que os profissionais de saúde cumpram com as suas funções ou que uma pessoa acesse a um centro de saúde.
"Todos vimos os protestos durante a pandemia, inclusive esta semana", disse o procurador-geral David Lametti em conferência de imprensa, ao também assinalar que "os negacionistas da covid tentam evitar que as crianças recebam vacinas que podem salvar vidas".
Na quarta-feira, as crianças canadianas de 5 a 11 anos começaram a ser vacinadas contra o coronavírus depois do governo ter aprovado o imunizante da Pfizer para essa faixa etária.
Lametti apelou aos manifestantes que "intimidam, assediam, obstruem e ameaçam os profissionais de atendimento médico de primeira linha, trabalhadores de apoio e utentes" para que cessem com essas atitudes.
"Este tipo de comportamento é irritante e inaceitável", disse, "especialmente num momento no qual o acesso ao serviço de saúde é mais crítico do que nunca".
Katherine Smart, presidente da Associação Médica Canadiana, afirmou que, no ano passado, testemunhou "uma escalada de ódio infeliz", inclusive violenta, contra médicos e enfermeiras nos seus lugares de trabalho.
Os resultados preliminares da sondagem nacional de saúde dos médicos do ano de 2021, feita por essa associação, mostram que três em cada quatro médicos experienciaram "intimidação e assédio no local de trabalho", enquanto que um de cada três disse que isso acontece com frequência.
Além disso, as profissionais do sexo feminino relataram que receberam significativamente mais ameaças do que os seus colegas homens, acrescentou Smart.
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