De acordo com o estudo “O uso único de plástico”, apresentado hoje na Índia, 79% dos resíduos plásticos gerados são depositados em aterros ou abandonados no meio ambiente e apenas 9% é reciclado e 12% incinerado.
“Se os padrões de consumo e gestão de resíduos continuarem, até 2050 haverá cerca de 12.000 milhões de sacos de plástico em aterros e no meio ambiente”, refere o relatório, alertando também que, a cada ano, cerca de 13 milhões desses sacos são depositados no oceano.
“O plástico não é o problema, o problema é o que fazemos com ele”, sublinhou hoje Erik Solheim, diretor da ONU Meio Ambiente, durante a apresentação do relatório em Nova Deli.
O relatório é baseado em casos de 60 países que ilustram a complexa relação entre o plástico e a economia. A partir destes, a organização apresentou inúmeras recomendações dirigidas especificamente aos legisladores e líderes mundiais para “repensar como o mundo produz, utiliza e gere plásticos de uso único”.
As recomendações sugeridas incluem melhorar a gestão de resíduos, promover alternativas ecológicas, educar os consumidores ou implementar proibições para determinados usos de plásticos.
Em 2015 os sacos de plástico foram responsáveis por cerca de metade dos resíduos deste material, sendo a China o maior gerador deste lixo, embora os Estados Unidos sejam o país com o maior número de resíduos de embalagens de plástico per capita.
Entre as principais conclusões do estudo, a ONU destacou os bons resultados de restrições como as que afetam os sacos de plástico dos supermercados em alguns países e as taxas incluídas.
Mais de 60 países introduziram sanções, proibições ou medidas restritivas contra o plástico.
Apesar disso, estima-se que sejam consumidos 5 biliões de sacos de plásticos por ano em todo o mundo, o que significa quase 10 milhões de sacos de plástico a cada minuto.
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