"Não há uma forma fácil de o dizer, de o descrever, de o aceitar", referem Kate e Gerry McCann numa mensagem difundida na página de Facebook da Campanha Oficial de Busca por Madeleine, dizendo que nunca pensaram que a filha ficasse desaparecida durante tanto tempo.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
Casos como o de Shawn Hornbeck, que foi raptada e escondida durante quatro anos, ou Natascha Kampusch, durante oito anos, fazem os pais pensar que a própria filha pode estar a sofrer o mesmo.
"Estamos a preparar-nos para as próximas semanas. É provável que sejam desgastantes e dolorosas e pior ainda devido à reutilização de velhas histórias, desinformação, meias verdades e puras mentiras que vão passar pelos jornais, redes sociais e "edições especiais" de programas de televisão", revelam.
Porém, recusam-se a dar entrevistas ou fazer aparições em programas porque são "extenuantes" e não ajudam.
"Precisam de ter um objetivo", vincam os pais de Madeleine McCann, acrescentado: "Podiámos passar o nosso tempo e energia a tentar defender-nos e a corrigir imprecisões e mentiras, mas assim não teríamos mais força para procurar a Madeleine, cuidar dos nossos outros filhos e viver a nossa vida".
Kate e Gerry pedem que a comunicação social tenha consciência do que incluem nas notícias e o efeito da "negatividade sem fundamento nem justificação" na família.
A propósito do aniversário, referem: "Vamos continuar, tentar o nosso melhor, nunca desistir e aproveitar o melhor que pudermos da vida que temos".
Os progenitores reconhecem que têm enfrentado "muitos desafios e pontos baixos ao longo do caminho, mas o afeto, encorajamento e a positividade que temos sentido da 'maioria silenciosa' tem-nos sem dúvida ajudado e alimentado a nossa fé na bondade humana".
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