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“Eu fico muito feliz porque eles são bem tratados em Portugal”, frisou o chefe de Estado brasileiro, durante um curto discurso antes do jantar no Palácio Itamaraty em Brasília, na companhia do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e de vários membros do Governo dos dois países.
“Portugal descobriu o Brasil em 1500 e agora o Brasil descobriu Portugal”, disse Lula da Silva.
O Presidente brasileiro sublinhou ainda que Portugal, hoje, “é a casa de mais de meio milhão de mulheres e de homens [brasileiros] que estão à procura de outro rumo, de outra cultura, de emprego, melhorar de vida”.
No discurso, o anfitrião, Lula da Silva, enalteceu o facto de o país acolher na mesma semana a visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa e hoje a cimeira luso-brasileira que junta em Brasília as mais importantes figuras governamentais do Brasil e Portugal.
Ainda assim, num discurso minutos antes, durante a cerimónia de entrega do Prémio Camões de Literatura a Adélia Prado, representada pelo filho Eugênio Prado, Lula da Silva disse que “respeitar a dignidade” das pessoas que emigram é um reconhecimento de “que há mais semelhanças do que diferenças” entre as pessoas.
“Respeitar a dignidade daqueles que emigram em busca de uma vida melhor é reconhecer que há mais semelhanças do que diferenças entre nós”, disse o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, ao lado dos representantes portugueses.
Apesar dos elogios de Lula da Silva, fonte da diplomacia brasileira próxima das negociações de cerca de 20 acordos que deverão hoje ser assinados disse à Lusa que o tema preocupa o Governo brasileiro e que serão abordadas durante a cimeira as crescentes denúncias de xenofobia sentidas pelos brasileiros em Portugal.
“Temos uma preocupação com o crescimento da discriminação e da xenofobia também em Portugal. E mesmo com os brasileiros, ou talvez principalmente com os brasileiros”, disse a diplomacia brasileira.
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