Em comunicado, o grupo refere que, "face às notícias veiculadas nos últimos dias em diversos órgãos de comunicação social sob a designação 'Luanda Leaks', a Sonae vem por este meio comunicar que está a acompanhar a situação com atenção e preocupação, sobretudo dadas as alusões feitas a vários membros não executivos do Conselho de Administração da sua participada NOS".
O grupo liderado por Cláudia Azevedo explica que, "neste contexto, foi desde já garantido que os órgãos competentes da sociedade estão a avaliar a situação de forma rigorosa e com sentido de urgência".
A Sonae sublinha que a NOS, liderada por Miguel Almeida, "sempre se pautou por regras de governo societário exigentes, que vêm sendo estritamente cumpridas e continuarão a sê-lo".
O grupo dono da cadeia de hipermercados Continente acrescenta que "esta situação em nada altera a total confiança que a Sonae tem na empresa e na sua equipa de gestão", salientando que "a NOS é um operador de telecomunicações de referência a nível europeu e uma das maiores empresas portuguesas, com responsabilidade perante milhares de colaboradores, clientes e parceiros".
Por isso, "a Sonae tudo fará para garantir que a empresa tem a estabilidade necessária para continuar a servir os seus diversos 'stakeholders' [partes envolvidas] e gerar valor para a economia portuguesa", conclui o grupo.
Um consórcio de jornalismo de investigação revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de ‘Luanda Leaks’, depois de analisar, ao longo de vários meses, 356 gigabytes de dados relativos aos negócios de Isabel dos Santos entre 1980 e 2018, que ajudam a reconstruir o caminho que levou a filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos a tornar-se a mulher mais rica de África.
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